Páginas

sábado, 29 de junho de 2013

Tic-Tac e o tempo vai passando..


Tic-Tac, Tic-Tac.. Vivemos sob a pressão desse barulho nas nossas cabeças. A princípio, isso não preocupa a ninguém, muitas vezes até - em certos momentos da vida - desejamos acelerar esse tic-tac, fazendo o tempo passar bem mais depressa. Mas a questão em si não é o tempo, pois seu mecanismo é inalterado, mas sim a forma como lidamos com ele.

Sinceramente eu não percebo o tempo passar, apenas vou me moldando e quando vejo, ele passou. Por exemplo, ainda me vejo brincando de pique na rua como se fosse ontem. Muita coisa mudou, o tempo passou e passou muito. Mas eu nem percebi. Às vezes vivemos em uma rotina tão constante, que achamos que ela nunca vai ter fim, vemos nossa futura realidade como algo distanteeeeeee e demorado. Mas não é, está logo ali na sua frente. Não é só eu que ando notando que os anos tem passado mais rápido do que o normal, acho que o mundo duplicou seus afazeres e esquecemos de pedir pro tempo duplicar as horas do dia. E ai o tempo vai passando, vamos deixando coisas para amanhã, vivendo sem perceber ele passando.. Mas ele passa. Ele é sorrateiro, modifica tudo no maior silêncio. 

A vida é o que acontece enquanto esperamos o tempo passar. E quando nos damos conta tudo mudou tanto que nem nos reconhecemos mais. Lembro de quando eu era pré adolescente, jurava que aquela fase nunca ia passar, que eu nunca ia ser adolescente de fato. Chegou, e agora quando eu comecei a ter essa sensação de novo, resolvi escrever. Tudo uma hora chega ao fim, ciclos de fecham para outros poderem começar. O que parece ser eterno, pode durar apenas um instante. Por isso é tão importante aproveitar cada segundo, porque por mais que você pense que vai durar muito tempo, não dura nada. Cada instante é diferente do outro, você muda o tempo todo, como espera que os dias sejam iguais? 

Amanhã, você vai estar em um outra fase da sua vida, e vai olhar para hoje e lembrar que achava que ia ser eterno, vai lembrar com saudades, vai apertar o coração. Porque somos assim, não conseguimos dar valor quando estamos vivendo, damos valor apenas quando termina. Ai que percebemos o quanto fomos felizes, ou o quanto certa pessoa nos fez bem. Assim a vida vai acontecendo, sem você perceber. Por isso os mais velhos têm tantas histórias para contar, tanta alegria em contar sua vida. Eles sabem que foram felizes, apesar de tudo, independente de tudo. Chega um momento na vida que só as coisas boas importam. E quero ter prazer em lembrar das minhas.

 Amanhã tudo vai mudar, como ontem mudou. Então siga aquele antigo lema: "CARPE DIEM" e seja feliz!


quarta-feira, 26 de junho de 2013

Felicidade não é um lugar, é o caminho.



Passeando pelo tumblr, vejo a frase: “A felicidade é provisória. É um clarão. Um relance. Um lampejo. Dura o suficiente para virar uma lembrança. Assim que some temos que sair atrás dela de novo.”,  Carpinejar sempre me entende! Nunca vi uma definição melhor para a felicidade em toda a minha vida. E olha que eu procuro. Afinal o que é felicidade? Me pergunto desde criança. Um emprego dos sonhos, um amor eterno, filhos, viagens, dinheiro. Felicidade é relativo, eu sei. O que eu considero ser feliz, para você pode ser um tédio. Mas a questão não é a felicidade em si, por que não acredito que a felicidade seja um lugar, marcado, onde se possa chegar. A felicidade é visita, entra, senta, toma um cafezinho e até qualquer dia. Ela vai e você vive a espera do seu retorno, da sua visita. Às pessoas passam a vida inteira lutando, buscando, querendo felicidade. E muitas vezes quando se alcança o que era esperado como felicidade, não se alcança o sorriso largo, ai você pensa "Era isso que eu sonhei?" E desfaz os planos. E refaz os planos.. E continua buscando ser feliz. Mas meu amigo, a felicidade te acompanha sempre, não todos os dias, não todos os momentos, mas sempre. Sempre que você recebe uma ligação inesperada, sempre que um amigo te faz rir, sempre que você se sente amada, sempre que você tem um momento feliz em família, sempre que você conquista ao novo, sempre que você conhece um lugar novo, sempre que você se renova. sempre que o sol beija seu rosto. Felicidade é o olhar, é o cheiro, é a saudade, é a história, é a vida se desenhando para você, é o caminho. Pense em como seria chato se só tivéssemos dias de sol?? Todo mundo curte uma chuvinha de vez em quando, nem que seja para não ir a faculdade, ou ficar na cama com o namorado. Dias nublados são necessários, principalmente para darmos valor ao sol. Então vamos fazer um acordo? Jogue fora esses pré conceitos sobre felicidade, você pode até ser feliz no emprego dos seus sonhos, mas essa felicidade, eu te garanto, não vai ser constante. Vai ter dias que você vai querer matar seu chefe, pedir demissão e se mudar pra Índia. Mas tudo bem, os dias vão passar e você vai voltar a amar seu emprego. Ser feliz e ser infeliz não ficam muito distantes um do outro não, andam ali, lado a lado. Você muitas vezes, tem momentos felizes enquanto se julga estar infeliz. E vice versa. Essa é a arte da vida, nos mostrando a cada segundo que temos o dom de nos reinventarmos e que qualquer remota chance de vivermos em um manual, está totalmente descartada. A vida é para quem curte os pequenos momentos e faz deles grandes, é para quem aceita o improviso e aprende a ter riso largo. Quem não sabe, desculpa, tenta um jogo mais fácil.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Tudo igual, de um jeito diferente...

 
Fase de descobertas, principalmente de si próprio. Andei pensando muito esses dias, e em meio aos fatos, crio teorias. Sei lá, acho que é só uma forma que eu encontro de tentar fazer as coisas terem algum sentido, pelo menos dentro da minha cabeça. Ai comecei a observar crianças, bebês mesmo, e por instantes me senti como eles. Não em tamanho, não em mentalidade, mas na arte da descoberta, do crescimento.

Me sinto como uma criança aprendendo a andar. A cada dia eu levantando um pouco, aprendendo a me equilibrar e a manter o peso (físico e mental) sobre as minhas pernas. Vou me esticando, levantando a cabeça como um gigante acordando. Abrindo os braços, procurando equilibrio. No inicio confesso que preciso de ajuda, alguém que te de a mão e vá na frente mostrando como se anda, ou até falando: "Vem até a mamãe", também vale. Estou começando a andar de novo. Tem momentos de transições na nossa vida que temos que aprender tudo que já aprendemos antes de maneira diferente. Hoje, eu aprendo a andar de maneira subjetiva, tenho que andar para os meus desafios, para o mundo, para as responsabilidades, para a vida em si.

Me sinto como uma criança aprendendo a falar. Como se as palavras que saíram da minha boca até então foram de alguém que eu desconheço. Estou aprendo a falar, e a principalmente pensar antes de tal ato. Que isso em si que é o mais difícil. Saber a hora certa de falar cada coisa. Com o passar do tempo você vai modificando o seu vocabulário, enriquecendo seus pensamentos, corrigindo suas imperfeições linguísticas e até, vejam você, sua própria voz acaba mudando. Começando soltando breves rugidos, em seguida, pronunciamos silabas soltas, até formar palavras cortadas.. O processo é árduo, é preciso que repitam as palavras o tempo todo. A vida segue essa sequência. Você vai reaprendendo. Como se fosse matéria da escola, tudo começa com o dois mais dois e quando você vai ver , a matemática se tornou uma bola de neve, um bicho de sete cabeças e você tem que modificar seu conceito de matemática. A base é a mesma, a a vida vai ficando tão gigante que perdemos a noção de onde podemos chegar...

Me sinto como uma criança, como um bebê que acabou de nascer. Acabei de abri os olhos e só enxergo gente estranha, lugares estranhos.. Por que me tiraram de lá? Por que eu tenho que ir para esse mundo feio? Nascendo de novo. Mesmo processo. Me sinto tão pequeno e indefeso quanto naquela época. A diferença é que a agora eu não tenho mais todo o tempo do mundo, para aprender a falar, andar, crescer com paciência e com colo. Agora é assim, na marra. Ou vai, ou foi! Vai aprender na dura. VIVENDO! Por que agora você nasceu, nasceu pro mundo de gente grande e aqui, você aprende quebrando a cara.

Bem vinda, pequena criança!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Relato: Protesto no Rio de Janeiro - 20/06/2013

 

Quinta feira, 20 de Junho de 2013. Um dia no qual jamais irei esquecer. Mais um dia de protestos na cidade do Rio de Janeiro e eu - cansada de protestar pelo computador - dei a cara a tapa e fui para as ruas protestar e lutar pelo país que um dia eu tenho certeza que verei. Foi a primeira vez que sai em um protesto e resolvi compartilhar aqui o relato desse dia.

Marquei com um grupo de amigos na estação aqui da cidade (Nova Iguaçu). Logo que chegamos já vimos diversos cartazes nas mochilas e gente com blusa do Brasil. Juntamos nossa galera e assim que entramos no trem percebemos que quase o vagão todo era de manifestantes. Com o passar das estações a galera foi entrando mais e mais até que o vagão lotou de jovens manifestantes. Começamos a cantar e chamar o povo a cada parada do trem. A galera se dividiu, no vagão mesmo, para pintar o rosto de verde e amarelo, distribuir apitos, nariz de palhaços e fazer cartazes. Muitas vaias, obviamente, quando passamos em frente ao Maracaña e nos deparamos com uma quantidade absurda de PM's. Nesse momento já tinha valido a pena sair de casa, nunca na minha vida esperei ver tantos jovens querendo mudar o Brasil, mas a minha surpresa ainda seria maior.

Quando saltamos na Central era por volta de 15h45 e a massa saiu do trem, cantando o hino nacional e convocando a galera para nos acompanhar. Uma pequena reunião e agrupamento rolou na saída da central. As pessoas nos ônibus aplaudindo, um senhor de idade, com a cara pintada e um cartaz, chegou perto da gente e disse que era isso mesmo, que íamos mudar o Brasil e que ele era jovem também. A PM apenas avistou de longe e seguimos nosso caminho para a Candelária.

No caminho nos juntamos com um outro grupo e fomos pacificamente cantando pelas ruas. O povo no trânsito respeitando o máximo os manifestos e os guardas de trânsito nos ajudando também. O legais é a cara das pessoas nos prédios e portarias nos olhando, aquele sorriso no rosto e a expressão de: CARACA, É ISSO MESMO QUE EU TÔ VENDO? Pois é amigo, é isso mesmo, e é só o começo. Vi gente de tudo que era idade, desde criança de 14 anos até senhoras de 65. Mães com suas filhas, gente que saiu do trabalho e foi de uniforme mesmo pro protesto, senhores de idade, casais, professores. Vi de tudo, e fiquei feliz a beça por essa diversidade tão grande de gente na mesma luta.


Quando encontramos o resto da concentração do movimento na Presidente Vargas na altura da Candelária, o carro de som já dava as coordenadas no manifestos e ficou CLARÍSSIMO, pedido e repetido: SEM VIOLÊNCIA! Cantamos e seguimos em direção a prefeitura. Quase 2 km de Presidente Vargas na nossa frente e para nós, era pouco. Os morados dos prédios da avenida jogaram papel branco pela janela, em apoio aos manifestantes. Foi uma cena linda, não conseguiria imaginas caso alguém me contasse. De arrepiar!

As críticas dos manifestantes através dos cartazes são cada vez melhores, e não só os cartazes, eu vi nesse protesto, cavalo de tróia para a Dilma, boneco de Judas do Marco Feliciano, blusas pintadas, entre outros.. Vi manifestantes querendo aparecer, subindo em cima de pontos de ônibus e imediatamente a massa começou a gritar para eles descerem e pediram sem vandalismo. E repudiou as bandeiras partidárias e pregou que o movimento é do BRASIL. Vi pichações nos pontos de ônibus de "Fora Dilma". Até então, coisas normais de manifestos.

Nunca cantei tanto o hino nacional na minha vida, nunca me senti tão patriota, não tive tanto orgulho de vestir essa camisa e lutar pelo meu país. Hoje foi um dia histórico não só para o Brasil, mas para minha consciência como cidadã e eleitora também. Me arrepiei inúmeras vezes. Você olha panoramicamente a sua volta e só vê pessoas, cantando, protestando. Você não faz ideia da quantidade de pessoas que estão ali, sabe apenas que é um grão de areia no meu daquele areal inteiro cobrindo a avenida. E ser um grão de areia faz toda diferença nessa história.

O protesto seguiu pacífico até a altura da Central do Brasil, e logo depois, ouvimos boatos de tumulto e PUTZ! Ouvimos a primeira bomba, sei lá do que, sei lá por que. A galera começou a correr e nessa MUITA gente foi embora. Eu e meu grupo pulamos a grade que separava a rua da calçada e a galera do manifesto começou a pedir o povo para sentar-se, para a policia entender qual é a nossa intenção: SEM VIOLÊNCIA! Fizemos isso, começando a cantar e logo tudo se estabilizou. Continuamos seguindo, e o apoio nas ruas era notório. A galera piscava as luzes nos prédios, colocaram pano branco na galera, cartazes para fora e bandeiras do Brasil. Coisa linda de ser ver. Até que chegamos próximo a prefeitura.


Sabíamos que a intenção da polícia era nos manter afastados da prefeitura, afinal, nada pode acontecer com os santos e bons governantes, com toda ironia possível na frase. Quando a galera começou a chegar, teve retenção por parte da polícia. Começamos a ouvir bombas de novo. (??) Continuamos a diante. Nisso o número de gente ainda era MUITO grande, mas bem menor do que no inicio. Passávamos por debaixo das pontos da Avenida e elas estavam cheios de repórteres e jornalistas, que no exercício de sua profissão, não poderiam estar gritando com cartazes ao nosso lado, mas estavam gritando lá de cima, com suas câmeras fotográficas na mão. Deu um orgulho tão grande no meu peito! A luta é de todos nós! Finalmente entendemos isso. Só falta os policiais entenderem isso, e por falar neles.. Já sabíamos que estava rolando um pequeno confronto na frente. Os manifestante protestaram na frente da policia, coisas que eles não gostaram, e ai começaram a atacar. Nesse momento vou contar o QUANTO fui sortuda. Por sorte, um pouco antes de ficar bem louco o manifesto, sentamos no chão (a pedido do movimento) e eu mandei mensagem avisando: "Manhê, não acredite na mídia. Estou bem! hehehe"  guardei na minha mochila tudo que estava nas nossas mãos (cartazes, celular), estava com peça de roupa na mochila que foi útil para proteger o rosto, amarrei o cabelo e continuamos cantando, quando 5 minutos depois... GÁS LACRIMOGÊNIO! Tumulto, correria, vi três ambulâncias passando. Começamos a caminhar em direção contrária a que estávamos, seguindo o fluxo que fugia do gás, mas logo ele nos alcançou. Eu não estava de máscara, não tinha vinagre e nem sabia como proceder em caso desses. Estava de nariz de palhaço, que me ajudou bastante, e para minha sorte, havia passado bastante perfume em casa (também não sei pra quê) e quando o gás me atingiu, comecei a cheirar o perfume da blusa. Foi a minha salvação. Meus olhos queimara, minha garganta também, o cheiro é horrível. Covardia pura por parte da polícia. E continuamos gritando "SEM VIOLÊNCIA", caramba, é difícil nos ouvir?

Ficamos juntos e conseguimos nos afastar, andamos, andamos.. E paramos em ato solene, todos cantando o hino nacional em coro GIGANTE enquanto a porrada comia lá na frente. Vimos, um pouco de longe, quando o carro do SBT RIO começou a pegar fogo, não fazíamos ideia do que estava acontecendo lá na frente, volta e meia ouvíamos uma informação torta de alguém que recebeu um telefonema de amigo ou família que ou estava mais na frente ou estava vendo tv. Parecia que tinha algo na avenida que impedia sinal de telefone e internet, teoria da conspiração? Talvez! Mas eu não vi nem uma, nem dua pessoas reclamando disso, eu vi VÁRIAS! Meu sinal ficou 90% do tempo que fiquei no protesto fora do ar. Não dava para termos qualquer notícia sobre o que estava rolando através da mídia. Decidimos ir embora, cansados, chateados com a violência, mas felizes com o dever cumprido. Nesse momento não sentia mais minhas pernas, muito cansadas! Estou escrevendo isso caindo em cima do notebook de tanto sono, mas se deixar para amanhã o relato perde a emoção.

Quando chegamos na central o clima era deprimente. Vi muitas crianças de rua, CRIANÇAS MESMO, tipo 5 anos! Lá expostas a polícia e ao descaso público. Vi uma mulher atingida com bala de borracha no peito, ela também estava com a cabeça ensanguentada, não sei ao certo o que houve com ela, mas estou preocupada e com a imagem dela até agora na minha cabeça. Enquanto entrávamos na central, víamos muita gente saindo, chegando ainda pro movimento. E isso já era 20:30! Na fila pro bilhete, mais cantos de xingamento ao Sérgio Cabral, que por falar nele, foi o mais xingado sem sombras de dúvidas no protesto. E ele sabe muito bem o porque de todas esses xingamentos. Na  volta para casa, tudo tranquilo. Sem violência, muita cooperação da galera, viemos conversando com outros passageiros, dividindo as experiências vividas no protesto.

Gente, do nosso lado (manifestantes) não vi violência. Vi apenas manifestações! Só que o povo não é bobo, não vai apanhar calado, partiu para cima da polícia também. Não sou a favor da depredação do patrimônio público, nem de vandalismo, mas tem certos casos que precisam acontecer para que os governantes tomem uma atitude. Cansamos de sermos pacíficos e amáveis. Já demos tempo demais para eles roubarem, agora chega! Queremos resgatar o nosso Brasil. Queremos lutar pelos nossos direitos e exigir qualidade de vida e desenvolvimento humano. Vamos para ruas e não vamos mais nos calar!

Quando cheguei em casa e me adentrei das noticias do dia, vi que morreu um manifestante em Ribeirão Preto - SP, e depois de um dia lindo, meu peito se encheu de tristeza. Perdemos um soldado, um guerreiro nessa luta que deveria ser o básico presente em nossas vidas. Uma pessoa morreu tentando melhorar o Brasil, tentando fazer daqui um lugar digno de verdade para se viver, e não apenas ser mais um cartão postal para gringo. Você, seja lá quem foi, entrou para história! Você morreu, mas vamos continuar na luta, por você, por nós, pelo futuro, pelas crianças, pelo Brasil.

Acabou o sonho, políticos corruptos! O Brasil acordou!

FOTOS:




quinta-feira, 20 de junho de 2013

Resenhas: Livros que ando lendo...


Olá, galera!! Ultimamente eu tenho lido bastante e vou lendo cada vez mais. Passo a manhã quase toda lendo na escola - não sigam meu exemplo - e a noite, não consigo dormir sem leitura, tirando as leiturinhas rápidas em um intervalo durante o dia. Mas enfim, resolvi compartilhar com vocês algumas das minhas ultimas leituras e recomenda-las para vocês. Estou louca pela Bienal do livro esse ano, aqui no Rio. Meu estoque de livros de livros já acabou e o da biblioteca da escola também não vai demorar.. Aiii.. Vamos lá! Como sou daquelas que marcam o livro todo com marca texto, separei uns partes bem legais.

1. Comer, Rezar e Amar. - Elizabeth Gilbert

O primeiro livro que li esse ano foi Comer, Rezar e Amar. E confesso, sou completamente apaixonada por esse livro, pela história da Liz. Acho que toda garota/mulher deve ler esse livro em algum momento da vida, ou em todos os momentos da vida. Livrinho de cabeceira com certeza. O mais legal de tudo é que ela tem questionamentos sobre a vida muito interessantes, e que com certeza você já teve também pelo menos um, ai você segue o raciocínio dela e não é que faz sentido. Ela sai em busca dela mesma, e acaba encontrando, que sabe, como viver. Terminei o livro suplicando por mais um capítulo. 

"A felicidade é consequência de um esforço pessoal. Você luta por ela, faz força para obtê-la, insiste nela (...) e uma vez atingido o estado de  felicidade, nunca deve relaxar em sua manutenção" 

"Você precisa escolher seus pensamentos do mesmo jeito que escolhe roupas."                   

"E nada deixa uma controladora tão puta da vida como a vida não fazer o que ela quer!"

"Então  a noite cai, e torna a cair, e você continua sem a menor ideia de onde  esta, e é hora de reconhecer que se afastou tanto do caminho que sequer  sabe mais onde nasce o sol"   

Sinopse
"Elizabeth Gilbert estava com quase trinta anos e tinha tudo o que qualquer mulher poderia querer: um marido apaixonado, uma casa espaçosa que acabara de comprar, o projeto de ter filhos e uma carreira de sucesso. Mas em vez de sentir-se feliz e realizada, sentia-se confusa, triste e em pânico.
Enfrentou um divórcio, uma depressão debilitante e outro amor fracassado. Até que decidiu tomar uma decisão radical: livrou-se de todos os bens materiais, demitiu-se do emprego, e partiu para uma viagem de um ano pelo mundo – sozinha. "Comer, Rezar, Amar" é a envolvente crônica desse ano. O objetivo de Gilbert era visitar três lugares onde pudesse examinar aspectos de sua própria natureza, tendo como cenário uma cultura que, tradicionalmente, fosse especialista em cada um deles. "Assim, quis explorar a arte do prazer na Itália, a arte da devoção na Índia, e, na Indonésia, a arte de equilibrar as duas coisas", explica.
Em Roma, estudou gastronomia, aprendeu a falar italiano e engordou os onze quilos mais felizes de sua vida. Na Índia dedicou-se à exploração espiritual e, com a ajuda de uma guru indiana e de um caubói texano surpreendentemente sábio, viajou durante quatro meses. Já em Bali, exercitou o equilíbrio entre o prazer mundano e a transcendência divina. Tornou-se discípula de um velho xamã, e também se apaixonou da melhor maneira possível: inesperadamente."

                                                  
Compre AQUI
Baixe AQUI

2. As Mentiras que os Homens Contam - Luís Fernando Veríssimo

Tive um troço de tanto rir com esse livro. Que não é bem um livro, são quase 50 crônicas do Luís F. Veríssimo sobre mentiras que os homens contam. Alguma com certeza você já ouviu, e ai vai mentira de todo mundo, Pai, avô, tio, namorado, marido, até das mulheres.. É de rolar de rir! Adoro a linguagem que o Luís bota nos textos dele, é viciantes. Li o livro todo em um trajeto Rio x SP, levei achando que ia durar a viagem toda, durou nem a ida.. Enfim! É como se fosse uma introdução para conhecer os homens. Vale a pena!

"Quem nunca se deparou com um estranho na rua com a constrangedora pergunta: "Lembra de mim?" E você, mesmo sem saber de quem se trata, responde: "Claro." E, aí, tenta ganhar tempo e mais algumas dicas para decifrar a identidade do inconveniente sujeito. "

"Nós nunca mentimos. Quando mentimos, é para o bem de vocês. Verdade." 

"A verdade é que eu achei o anel na barriga de um peixe. Mas quem acreditaria nisso? O pessoal quer violência e sexo, não histórias de pescador.” 

Sinopse
"Quantas vezes você mente por dia? "As Mentiras Que os Homens Contam" reúne crônicas do autor sobre o tema, tanto as que estão em seus livros como as publicadas nos jornais. Este é o primeiro livro da série de relançamentos da obra completa de Veríssimo. "

Compre AQUI
Baixe AQUI

3. Mil Dias em Veneza - Marlena de Biase

Esse livro é um xodó! Sério. Assim como o Comer, Rezar e Amar é uma história real. Um romance digno de livro, daqueles que você lê e fala, isso não acontece de verdade, mas pois é.. Aconteceu! É um romance maduro, no qual o casal em questão não está mais no auge dos seus vinte e tantos anos, mas nem por isso deixa de ser menos interessante, muito pelo contrário, tem certos momentos que ela tem questionamentos semelhantes a muitos que fazemos hoje. É um livro incrível, história de amor linda. Como ela é chef de cozinha, tem várias vezes no livro, partes que ela cozinha e ela vai falando detalhadamente tudo que ela coloca e o efeito que isso causa, quase um livro de receitas. Enfim, apaixonante! É um livro bem detalhista, para quem gosta é o paraíso. Esse livro tem continuação que é Mil Dias na Toscana, mas eu não sou muito fã de livros com continuação, nem de sagas. Acho que livros são como chuva, vem, molham, deixam algo bom e vão, para outros virem. E esse deixa muita coisa boa, em especial, para sempre se acreditar no amor!

"Eu me apaixonei por você, não à primeira vista, porque só vi um pedaço do seu rosto. Para mim foi amor à meia vista. Foi o suficiente. E não ligo se você achar que eu sou louco."

"Pegue esse amor com as duas mãos e segure firme. Ele só aparece uma vez na vida"

"Um pouco de sofrimento torna a vida mais doce."

"Sim, me sinto conectado. Acho que essa é a palavra. Já me sinto casado com você, como se sempre tivesse sido casado com você, mas não conseguisse encontrá-la. Nem me parece necessário pedi-la em casamento. Parece melhor dizer: por favor, não se perca de novo. Fique perto. Fique bem perto de mim"


 Sinopse
"Este livro pode parecer um conto de fadas, mas é uma história de amor verídica - o amor entre uma mulher e um homem, o amor pela comida e o amor por uma cidade. Por muito tempo, Marlena de Blasi resistiu a ir a Veneza. Até que, em 1989, seu trabalho como chef e crítica gastronômica tornou impossível continuar adiando a viagem. Assim que pôs os pés na cidade, ela ficou completamente seduzida. Seu encantamento foi tão grande que decidiu voltar todos os anos. Desde aquela primeira visita, Marlena sempre tinha a sensação de que estava indo a um encontro. Em 1993, o encontro finalmente aconteceu. Ela almoçava com amigos quando um garçom se aproximou e lhe disse que havia uma ligação para ela. Do outro lado da linha estava Fernando, um veneziano que, um ano antes, vira Marlena passeando pela Piazza San Marco e se apaixonara à primeira vista. Alguns meses depois, Marlena largava toda a sua vida nos Estados Unidos e se mudava para Veneza, para se casar com o "estranho", como costumava chamar Fernando. Ele não falava quase nada de inglês. O italiano dela se resumia a algumas palavras relacionadas a comida. Ele abrira mão de seus sonhos e levava uma vida monótona e previsível. Ela era mestre em recomeçar e se reinventar. Ele gostava de tudo muito simples, inclusive as refeições. Ela adorava cozinhar
pratos elaborados. À medida que eles superam essas diferenças e Marlena vai se familiarizando com as peculiaridades da cultura veneziana, os leitores são presenteados com uma descrição deliciosa e às vezes cômica de duas pessoas de meia-idade que, apesar de tudo, conseguem criar uma relação maravilhosa."

Compre AQUI
Baixe AQUI

Então, vou parar por aqui porque o post já está enorme!! Espero que tenham gostado. E ai, qual livro vocês andam lendo?? Bjinhos

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O tal do cochicho...


Cheguei em casa hoje e encontrei minha prima de 11 anos brincando com mais duas amigas. Sabe aquela coisa peculiar de criança em fingir que está tudo normal, então, ela fez, depois cochichou algo com as amigas e eu lembrei que fazia igual. Mas o ponto importante de fato é que pela primeira vez eu foi o cochicho e não quem cochichava. 

Geralmente, quando crianças temos mania de achar que enganamos bem todo mundo, quando na verdade somos facilmente decifrados, mas não estrague a graça de disfarce. E sempre fazemos fofoca quando alguém passa, se for alguém que gostamos falamos coisas incríveis da pessoa, só para deixar as amiguinhas com inveja, ou se é alguém que detestamos falamos algo horrendo só para não ter chances das amigas se enturmarem com a certa pessoa.. E nos dois casos, sempre se aumenta um pouco a história, não é verdade?

Subi as escadas pensando em qual lado da história eu estava no cochicho da minha prima. Será que ela disse que sou um prima rabugenta que vive presa em seu calabouço?  Não duvido. Afinal, é a verdade! Fiz um flashback e lembrei do quanto já cochichei sobre a vizinha, sobre o carteiro, o pedreiro, o outro vizinho e até o novo namorado de uma periguete da rua. QUE SAUDADE DO COCHICHO!! Até ontem isso era hábito e hoje sou cochicho. 

Depois de um tempo o cochicho perde força, você deixa de contar segredos da sua vida - e da dos outros - e começa a conversar sobre o clima, o trânsito e aumento da inflação. E quando conta segredos, apenas conta. Não há aquele disfarce para contar algo que ninguém perceba, aquele espanto de quem escuta, a imaginação de quem conta, não tem tanto prazer em contar algo. Mas o cochicho, a esse é o melhor!

O que ficou marcado é que certas coisas não mudam, aquela vila que ontem era meu parque de diversões, hoje é palco das brincadeiras da minha prima. Tudo igual, eu diferente! Ai o tempo vai passar e logo, logo, loguinho ela será a prima rabugenta que vive em um calabouço de um outro primo mais novo que com certeza, vai estar cochichando com um amigo assim que ela passar. 

Somos previsíveis e sabemos disso, mas cochicha porque ela não pode escutar.

domingo, 16 de junho de 2013

Quando foi que mudei tanto?


Aquele lugar, aquela rua, aquela mesma casa e as mesmas companhias. Tudo era sempre igual, e prazeroso como sempre foi. Mas nada daquela vez estava habitual. Claro que o problema era, como sempre, eu. Eu e minha mania estranha de sentir um peso exagerado sobre as costas, de sentir a incapacidade de mudar o mundo e a dor de conviver com as coisas dessa forma. E o mundo continuava igual, girando, andando, seguindo seu fluxo como sempre fez. E eu estava parada. Sem conseguir conter meu desejo de que as coisas se ajeitassem como mágica.

Olhava aquele lugar e vi todos os anos da minha passando como flash na minha memória. Tantos bons momentos, tantas histórias.. Quando foi que eu mudei tanto? Era como se todas essas lembranças pertencesse a uma outra criança, como se fosse um filme que assisti em uma noite qualquer de verão, menos a minha história. Quando eu olho no espelho não reconheço mais o mesmo reflexo de uns 4 anos atrás. E isso dói. Machuca saber que não foi apenas a cor das paredes que mudou por aqui, a minha casca também é outra. As mesmas pessoas, o mesmo papo, as mesmas reclamações e o mesmos problemas. Por que eu não segui o ritmo de todos e permaneci igual? Não consegui adaptar meu crescimento com o cotidiano, segui outro rumo, fiz outras escolhas.. Mas quando foi o momento que eu troquei de estrada? Quando foi que eu mudei?

Olho para minhas amigas e tenho certeza que elas vão continuar sendo melhores amigas pro resto da vida, mas eu, acho que vou ser aquela velha amiga, que quando vem passar as férias, acabamos em um restaurante relembrando as descobertas e artes de crianças. Elas continuam as mesmas, amigas como sempre e eu, bem, e eu mudei. É engraçado o quanto que a gente se perde e se acha na vida ao longo do tempo, como se fosse um labirinto, no qual temos que voltar e ir de novo toda vez que caminhamos por um beco sem saída. Eu vou e volto inúmeras vezes. Mas a cada ida e a cada volta, sou uma pessoa diferente. Não digo em essência, digo sei lá em que, mas diferente. Me olho no espelho diariamente, vejo meus olhos e os pergunto no que mudei tanto? Por que me sinto tão diferente? Afinal, certas coisas em mim permanecem as mesmas, continuo gostando de verde, de ficar em casa ao invés de sair, de ver filmes românticos e comer chocolate. Em qual canto da minha alma a mudança aconteceu? Vejo ela tão frequente em meus dias, nas minhas atitudes, vejo outra pessoa em mim.  

Às vezes acho que esse cotidiano, essas ruas e essa cidade ficaram pequenos demais para mim, outras vezes tenho certeza disso. Mas ai eu penso, será que se eu for para outro lugar, daqui alguns anos, eu não vou me sentir assim de novo? Não sei, e nem tenho como saber agora. Só sei que no momento, preciso tentar, preciso descobrir. Preciso me encontrar sozinha em um lugar desconhecido, ver a vida de gente grande pairar sobre minha realidade para entender quem realmente eu sou, o que eu realmente quero. Preciso sentir e entender essa mudança sendo compreendida. Será que você me entende?

Sei que sou complexa demais em meus raciocínios, mas não culpo se ninguém entender, nem eu entendo às vezes. Só sei que tenho milhões de dúvidas, milhões de medos, milhões de vontades. Vontade de mudar as coisas, mudar a realidade. Sei que essa mudança que grita dentro de mim é quase isso, um cochicho no pé do ouvido me dizendo para fazer diferente. E então vou, fui!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Feliz dia dos namorados para um futuro amor.


 
Eu quero que segure minha mão. Que eu possa encostar no seu braço quando estiver triste. Que conversemos olhando nos olhos e que esses olhares falem mais que nossas palavras. Que eu durma do seu peito em uma noite chuvosa. Não ligo para aparência, muito menos para idade. Só quero conversar sobre tudo, desde uma conversa complexa sobre políticas e leis, até sobre tão tosco é um comercial que vimos ontem na tv. Que eu descubra coisas novas contigo, aprenda uma dança, um esporte, um gosto musical, mas que eu tenha prazer em descobrir o mundo em si e o seu universo particular. Que você me surpreenda, até nos dias em que eu tiver de mau humor e riso fraco. Que me escute, me aconselhe e que eu faça o mesmo. Que antes de sermos namorados, amantes, sejamos amigos e companheiros. Que você me olhe com olhos de admiração, como os que eu vi uma vez em um casal apaixonado que andava feito crianças pela rua, logo pensei "Um dia eu também vou receber esse olhar". Que qualquer lugar seja nosso lugar, que a rotina também se torne feliz. Que as brigas sejam prefácio de reconciliações, que as nossas diferenças sejam para unir. Não busco perfeição, pelo contrário, sou apaixonada por defeitos, pelo que somos quando não nos preocupamos em sermos bons o bastante para impressionar. Que eu ame suas manias estranhas e o cheiro das suas roupas. Que abramos mão de coisas pelo o outro. Que cuidemos um do outro naquela velha história do "na saúde e na doença", sabe? Que você valha a pena o risco que é me entregar e amar, que você seja para mim, marcante e único. E que independente do tempo que dure, nossa história seja sempre eterna dentro de mim. Que eu sinta borboletas no estômago, as mãos suarem. Que eu curta cada descoberta e passo dado. Que sejamos um pro outro como sempre procuramos em filmes e livros. E por falar em livros, como eu li certa vez: "Tu não és ainda para mim, senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tem necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo.." E é apenas isso, quero me tornar responsável por aquilo que eu vier cativar. Que seja bom, que seja nós, que seja o tempo que for, mas que seja. Feliz dia dos namorados, para você que mora no futuro!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Precocemente madura.



E então eu chorei. Chorei de novo, no banheiro, em mais uma manhã de outono. E o motivo? Falta de mim, ou talvez não seja isso, e sim, excesso de mim. Já não sei mais ao certo o que é ou deixou de ser eu. Acho que essa crise existencial é bem típica nessa fase. Amadurecemos tanto que chega uma hora que nos questionamos sobre o que afinal somos realmente, a criança ficou para trás e estamos construindo nossa personalidade e caráter pelas atitudes que tomamos na adolescência. Não pense que por essa primeira linha do texto sou uma menininha que chora por tudo, sou uma piscina de 100.000L, só que até eu, às vezes derramo.

Eu sou, em geral, uma pessoa comunicativa, extrovertida e simpática. Faço amizades com facilidade e nunca demorei para me adaptar em um lugar. Mas em contrapôs a tudo isso, sou uma pessoa extremamente sozinha e solitária. Cresci acostumada com o silêncio, com meus próprios conselhos e meu próprio colo, o que me fez hoje ser uma pessoa que não lida muito bem com opiniões negativas alheias. Passo 90% do meu dia sozinha, com os meus pensamentos, no meio de um monte de pessoas. Acho que essa é a pior solidão, você se sentir sozinho quando se tem gente por todos os lados. E assim que eu mais me sinto. Talvez pelo fato de não me encaixar com o contexto, de me sentir um vegetal em meio as paredes verdes. De nada fazer sentido.

 Preciso deixar esse texto bem lírico para desabafar. Eu sempre fui precocemente madura, gostava de ficar ouvindo a conversa dos adultos e em vez de brincar de pique. Mas até os meus 14 anos eu conseguia lidar bem com tudo isso, minha maturidade era escondida de mim mesma e eu adorava ser idiota com os meus amigos. Mas quando eu chegava em casa e escrevia, ela se revelava para mim, de novo. Só que depois dos meus 14 anos, muita coisa mudou. Eu ganhei uma maturidade absurda em pouco tempo, comecei a ver a vida por novos ângulos e a conhecer pessoas que jamais imaginaria. Não sei a metamorfose que ocorreu dentro de mim, só sei que depois disso, não consigo me adaptar ao meio em qual me encontro. Com certas amizades consigo ser natural de fato e fico feliz em ser compreendida. Mas em outras, tenho preguiça de trocar 3 palavras. Sei que a diferença está mim. Mas decidi não forçar as coisas. Não me forçar a ser quem eu já entendi que não sou, e então me recluso! Fico na minha e os dias passam. E eu torço para que passem.

Só precisava mesmo desabafar e compartilhar o que entendi: Não vale a pena se modificar, se romper para ser algo que não é. Conviva com a sua diferença e faça dela especial. Ame seus defeitos e entenda que eles que te fazem única. Não se importe em ter apenas um bom amigo. Fechei esse acordo de paz comigo. Na realidade não sei bem quem eu sou, em qual parte da ponte me equilibro mais - criança x adulto - e mesmo não sabendo respeito a vontade de ambos e mesmo sozinha, posso afirmar que me sinto bem comigo mesma, segura das minhas atitudes e certa com os meus pensamentos. E olha, não é tão mal assim...


domingo, 9 de junho de 2013

Lembrei de você, lembrei de nós!!


Tem pessoas que ficam na nossa vida e simplesmente não conseguimos deixar para lá, apenas esquecer. E você é uma delas. Você foi, na sua maneira, a pessoa mais amável e sincera que eu conheci e entre essas e outras que tudo que vivemos é tão significativo para mim. 

Lembro do meu olhar perdido no nosso primeiro encontro, lembro do quanto tive medo do que poderia sentir por você, e - pela primeira vez - tive medo de não saber como proceder. Você apareceu, com esse sorriso de diamante e quebrou tudo aquilo que eu um dia chamei de orgulho. Pouco a pouco, com gestos que de inicio não faziam diferença nenhuma, você conquistou um espaço único. Você foi diferente de todos os outros, você me ligou e se preocupou comigo, admitiu o quanto gostava de mim e me fez sentir especial.

Eu era uma menina ainda, descobrindo o que era sentir algo mais forte que fome. E mesmo assim, lembro do seu olhar, do jeito que você me olhava depois de um beijo, sua respiração. E admito, sinto falta disso tudo e ainda mais do seu abraço, que me fazia sentir protegida de todo mal. Ahh, você!! Você foi o primeiro que segurou a minha mão e quis me mostrar o mundo, com isso teve meu coração, e ainda tem. Mas essa história não continuou e o tal do "que poderia ter sido" ronda meus dias e pensamentos.

Hoje, não sei mais sobre a sua vida. Mas se estiver com alguém, eu espero que ela segure sua mão, como você segurou a minha, que te abrace e te salve do mundo, que converse com você sobre motos, trabalho e que assista futebol do seu lado, espero que ela olhe para você da mesma forma que eu vejo, que cuide da mesma forma que eu gostaria de cuidar. Espero que viaje com você e que te faça feliz. Quero que você seja muito feliz.

Eu, continuo minha vidinha, mas nunca duvide que você foi o amor que eu mais gostei de sentir, o qual tive mais medo e mais segurança. Opostos. Eu e você! Lembrei disso tudo, lembrei de você e lembrei ainda de quando eu fui a sua pequena.

sábado, 8 de junho de 2013

Minha primeira tatuagem!!!

Olá, galera!! Lembra que eu disse que ia fazer minha primeira tatuagem na quinta? Então, ficou para hoje! E vou contar para vocês um pouco de como foi. Estava bastante ansiosa para fazer e desde o inicio do ano estou tomando coragem, ai batei o pé e decidi que de hoje não passava. Queria deixar registrado em mim esse ano que está sendo tão importante e mais do que isso, como eu estava falando com a minha mãe mais cedo, é a forma que eu encontrei de ter para sempre 17 anos. Sempre que eu olhar para ela vou lembrar da descoberta, do medo que eu tive de faze-la, da coragem e principalmente, que depois que eu fiz, vi que não é nada de tão doloroso. E adotei essa experiência para vida.

Marquei para 17h e estava super nervosa. Suei frio e fiquei com medo de fazer um escândalo de dor. Mesmo assim, peguei toda coragem existente no meu pequeno EU e fui pro studio. Quando cheguei lá, tinha uma menina terminando a tatuagem dela e eu fiquei observando - o que me deixou bem mais tranquila. A menina tinha 16 anos, estava fazendo a primeira tatuagem e para minha surpresa, não estava gritando que nem doida. Me acostumei com o barulho chato que faz na hora da tatuagem e que te deixa muito mais nervosa. Ai fiquei conversando com a menina, com o tatuador e com um amigo gay super legal que eu fiz lá. Estava tranquila e nem parecia que ia fazer tatuagem. Quando chegou a minha vez, escolhemos o tamanho, o desenho e começou os preparativos. O coração acelerou de novo. Nesse momento que minha mãe chegou, ai acabou meu medo. Quando começou eu fiquei muito feliz, NÃO DOEU NADA! Sério! Parecia que era cosquinha, ou um choque, mas nada de dor. Nesse momento adorei ter bastante gordurinhas no meu corpitcho! Durou menos de 45 minutos todo o processo. Fiquei o tempo todo na internet (Alô, fotinhas no instagram), conversando com o pessoal do studio e quando pisquei o olho, acabou! Já quero fazer outra.. 

Reparem na minha expressão de dor, hahaha.. só que não!

De resto, agora é cuidar! Estou usando a pomada Bepantol e não posso comer alimentos gordurosos e nem carne de porco (chorando!). Resolvi fazer o post para você, que tem medo ou duvida sobre tatuagem, não precisa, sem neura! Faz tudo direitinho, que dá certo e a dor, que dor? 

A minha tatuagem foi uma âncora. Que tem um significado muito importante para mim. 
Âncora. Que eu tenha sempre os pés no chão, principalmente quando minha cabeça estiver nas nuvens. Que eu alcance a estabilidade, seja sempre firme e segura. Que eu tenha esperança na vida e nas escolhas que eu faça. Que eu seja uma âncora quando a tempestade vier, que eu finque meus pés na confiança em Deus no meio do mar tempestuoso. Que eu saiba a hora certa de jogar minha âncora em um porto seguro para chamar de casa. Que eu tenha sua firmeza e segurança.. Agora, eternas em mim!! 

E ai, gostaram? Gravei um videozinho rápido para vocês verem o resultado. :-)




quarta-feira, 5 de junho de 2013

Aquela história de amor


Vou te conhecer às 16h de uma tarde qualquer, no metrô. Você vai estar atrasado e eu estressada como sempre. Você vai esbarrar em mim e eu vou dizer um sonoro: "Não olha por onde anda?" Você vai me achar uma grossa e eu vou achar você um desatento. Vamos sentar um do lado do outro. E você vai puxar assunto sobre o tempo, coisa habitual por aqui. Vamos começar a conversar. Chegou a minha estação e trocaremos telefones. Você vai me ligar no dia seguinte, me chamando para tomar um café perto da estação. Papo vai, papo vem e até que o desatento é legal. O tempo passa e viraremos amigos. Até que um dia, em uma balada você me beija. E percebemos que somos mais que amigos. 

Começaremos a namorar, sem muita certeza que dará certo. Mas eu já estou me apaixonando por você. Eu sou de Touro e você de Sagitário, opostos de uma moeda atraídos pelo amor. Não tem lógica, quando se ama nunca se acha razão. Você faz faculdade e eu também. Universitários duros, tentando dar certo na vida. Você é 3 anos mais velho. Ai história vai, história vem resolvemos rachar as contas e tentar morar juntos. 3 anos se passaram e você se formou, conseguiu um emprego bacana e estamos ajeitando nosso apê, ele é pequeno, suficiente para eu e você, com uma vista linda para a cidade. E no meio disso tudo as brigas começam a ficar frequentes e eu quero desistir de você, quero me achar de novo. E um dia no meio de uma briga eu termino tudo e saio de casa. Você finge que não liga e eu choro a noite inteira na casa de uma amiga. Na manhã seguinte eu vou trabalhar e te encontro na porta do trabalho. "Desculpa, desculpa, não consigo viver sem você." O amor tem essas facetas, nos prega essas peças. E eu também não consigo viver longe de você. Voltei pro nosso apartamento. Eu vou começar com minhas crises de ciúmes, você vai bater a porta e ir para balada. Você chega e eu estou te esperando. Choramos. É o fim. Pego minhas coisas e vou embora. 

2 anos e meio se passam. Eu estou morando sozinha em bairro da zona sul, você se mudou para zona oeste e por obra do destino, nos encontramos em um evento. Estamos bem estruturados financeiramente, os planos que fizemos na faculdade finalmente deram certo. Você cortou o cabelo e fez a barba e eu escureci o cabelo e perdi 5 kg. Você diz que sentiu saudades e pergunta como eu estou. "Saudades também! Topa um café?" E a história recomeça. 6 meses depois estamos morando juntos de novo. Vamos fazer uma viagem, destino: Paris. E no clima mais romântico do mundo, você me pede em casamento debaixo da Torre Eiffel, as pessoas em volta se aglomeram e eu não acredito que você fez isso. "Claro que eu quero!" Te beijo. Vamos nos casar. 

Estou em frente ao espelho, com o vestido mais lindo que já vi na vida, com todas as pessoas que eu amo dentro da igreja. Ele aceita e eu também! Compramos uma casa maior e as brigas continuam por coisas bobas, aprendemos a conviver com o jeito estranho do outro, sabemos lidar com as brigas e sempre deixamos para tomar decisões no dia seguinte - pelo menos algo você aprendeu com meu jeito taurino - mas temos certeza do que queremos. A vida é muito melhor com essas brigas bobas do que quando estamos separados. Sem amor a vida é cinza. 1 ano de casado e eu te espero pro jantar. Arrumo a mesa, faço um risoto e acendo as velas. Um presente para você em cima da mesa, quando abrir, um teste de gravidez. Acho que seremos pais. Você me pega no colo, estamos felizes, menino ou menina, só vejo sorriso de orelha a orelha estampado no seu rosto e...

Bip - Bip - Bip - Bip.. Hora de ir para a escola! Levanta!

- Tô indo mãe, só mais 5 minutinhos, para sonhar...

domingo, 2 de junho de 2013

O meu desarrumado..



Cansei dessa bagunça. Estou falando no geral, casa, corpo, vida, cabeça e coração. Hora de começar a colocar as coisas em ordem. Chega dessa desorganização na qual me arrasto por anos. Vamos começar pondo as coisas em caixas, pastas e jogar tudo aquilo que só fica no guarda roupa ocupando espaço. Chega de peso desnecessário. A ordem agora é desocupar para coisas novas chegarem. Vou começar a manter um rotina frequente de organização e a me preocupar mais comigo. Sou até que organizada em coisas do dia a dia, em planejamento, agora na prática.. Fracasso total. Então, chega disso! Vamos por em prática tudo que só fica no papel.

Depois vamos pensar no corpo. Que tal aprender a cozinhar? Voltar com as atividades físicas? Cuidar mais de você é sempre muito bom. Sei que o desanimo bate forte, principalmente nessa fase de crise existencial em que estou. Mas sinto que ela está passando, (graças a Deus) e estou observando algo nascendo dentro de mim. Um alguém bem mais responsável, seguro e maduro. E gosto desse nascimento. Estou conseguindo conciliar bem essa versão com responsabilidades com meu lado divertido e despojado. E esse equilíbrio eu não quero perder. De que adianta uma vida centrada, organizada, bem cuidada, se não tiver risadas e muita diversão?

E depois disso tudo, quero organizar o coração da maneira, que eu encontrei, mais cabível possível com a minha personalidade: Desarrumando! Passei a minha vida toda achando que podia controlar meus sentimentos, que com pulso forte e disciplina (vejam vocês) poderia mandar até no coração. Sempre fui extremamente razão, pensamento e lógica. E hoje em dia vejo que deixei de viver - e principalmente sentir - muita coisa. A única regra que quero seguir quando se trata de sentimentos é: Regra nenhuma. Quero bagunçar mesmo, ser louca e imprevisível. Bagunçando as emoções como que mexe alimentos na panela; vou deixar cozinhando e esperar o resultado. 

Pondo tudo isso em prática, vou me tornando cada vez mais uma versão atualizada de mim. Mas centrada e descentrada. Acho que a minha personalidade é baseada em extremos, baseada nos problemas da época e no humor diário, não consigo me definir em duas palavras. Mas gosto dessa descoberta, gosto de ser um mistério para eu mesma. E desse jeito, consigo arrumar também a vida e as ideias. Deixando tudo como deve ser.


E como já dizia, Clarice: "Decifra-me, mas não me conclua. Eu posso te surpreender." E acabo surpreendendo até a mim. Qualquer dia eu conto o resultado dessa pesquisa interna.